27/12/2017

Jesus, dom de salvação para os humildes e marginalizados da terra.



A construção do presépio e sobretudo as celebrações litúrgicas, com as suas leituras bíblicas e os seus cânticos tradicionais, fazem-nos reviver hoje o Natal do Deus Menino, levando-nos a procurar e a reconhecer a verdadeira luz, que é Jesus. Fez-Se homem como nós, mas apresentou-Se de maneira surpreendente: nasceu duma família humilde e desconhecida, na pobreza dum curral; nasceu da Virgem Maria como qualquer criança deste mundo, mas não veio da terra, veio do Pai celeste. O mundo não se deu conta de nada, mas os anjos exultam no Céu e vieram dar notícia aos marginalizados da sociedade: os pastores de Belém. São eles os primeiros destinatários da salvação trazida pelo Deus Menino. Sobre eles refulgiu uma grande luz, que os levou até Jesus. E é assim que Ele Se apresenta também a nós: como o dom de Deus para uma humanidade imersa na noite e na sonolência. Jesus é um dom de Deus para nós. E como se acolhe este dom de Deus que é Jesus? Como Ele próprio nos ensinou com a sua vida: tornando-nos diariamente um dom para as pessoas que se cruzam connosco. Por isso mesmo, no Natal, trocamos dons entre nós. Mas, para nós, o verdadeiro dom é Jesus e, como Ele, queremos ser dom para os outros. Assim Jesus não cessará jamais de nascer na vida de cada um de nós e, por nosso intermédio, continuará a ser dom de salvação para os humildes e marginalizados da terra.

Queridos peregrinos de língua portuguesa, desejo a vós e às vossas famílias um Natal verdadeiramente cristão, de tal modo que os votos de Boas Festas, que trocamos entre nós, sejam expressão da alegria que sentimos por saber que Deus está presente no nosso meio e caminha connosco. Para todos, formulo votos dum bom Ano Novo, repleto de bênçãos do Deus Menino.

PAPA FRANCISCO - AUDIÊNCIA GERAL - Quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

22/12/2017

Pastoral da Criança: Natal e Visita do Papai Noel


Domingo, dia 17 de dezembro, foi pra lá de especial. A Pastoral da Criança realizou junto aos assistidos uma tarde com visitação do bom velhinho, o Papai Noel. Uma maneira muito bondosa e descontraída de acolher nossos irmãos, levando a alegria do evangelho.

Rosa Barbosa, integrante da pastoral e sua coordenação nos relatou o momento com um lindo agradecimento:

"Agradecemos a colaboração de cada pessoa que de alguma forma fez acontecer mais um Natal Solidário da Pastoral da Criança. Deus os abençoe!
'Natal é amor em ação. Toda vez que nós amamos, toda vez que nós doamos, é Natal.'
Que Jesus renasça a cada dia em seus corações. Feliz Natal!"














Por: Sandra Oliveira

20/12/2017

Quando olhamos o altar, vemos onde Cristo está

Missa de 2 anos de Ordenação do nosso Pároco

Cidade do Vaticano – O Papa Francisco conduziu a Audiência Geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI em clima natalino. Dando prosseguimento ao ciclo sobre a eucaristia, em sua catequese o Pontífice recordou as duas partes que compõem a missa: a liturgia da Palavra e a Liturgia eucarística. Para explicar melhor cada uma delas, nesta ocasião explicou os ritos introdutórios: a entrada, a saudação, o ato penitencial, o Kyrie eleison, o Glória e a oração chamada Coleta, das intenções de todo o povo de Deus.
“A finalidade destes ritos introdutórios é fazer com que os fiéis congregados formem comunidade e se disponham a escutar com fé a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia”, afirmou o Papa.
“Não é um bom hábito ficar olhando o relógio, ‘ainda estou em tempo’, o cálculo. Com o sinal da cruz, com esses ritos, começamos a adorar a Deus, por isso é importante não chegar atrasado, mas sim com antecedência, para preparar o coração a este rito”.
Na procissão de entrada, o celebrante chega ao presbitério, saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e incensa-o, porque o altar é sinal de Cristo, que, oferecendo o seu corpo na cruz, tornou-Se altar, vítima e sacerdote. “Quando olhamos o altar, vemos onde Cristo está. O altar é Cristo”, explicou.
Em seguida, o sacerdote e restantes membros da assembleia fazem o sinal da cruz: com este sinal, não só recordamos o nosso Batismo, mas afirmamos também que a oração litúrgica se realiza ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, desenrola-se no espaço da Santíssima Trindade, que é espaço de comunhão infinita; toda a oração tem como origem e fim o amor de Deus Uno e Trino que se manifestou e nos foi doado na Cruz de Cristo.
E mais uma vez Francisco pediu aos pais e aos avós que ensinem bem as crianças a fazer o sinal da cruz. Depois o sacerdote dirige a saudação litúrgica à assembleia: “O Senhor esteja convosco!”. ‘Ele está no meio de nós’: responde-lhe o povo de Deus. Assim se expressa a fé comum e o mútuo desejo de estar com o Senhor e viver em união com toda a comunidade.
“Estamos no início da missa e devemos pensar no significado de todos esses gestos e palavras. Estamos entrando numa ‘sinfonia’, na qual ressoam várias tonalidades de vozes, inclusive momentos de silêncio, com a finalidade de criar o ‘acordo’ entre todos os participantes, isto é, de se reconhecer animados por um único Espírito e para um mesmo fim.”
Esta sinfonia apresenta logo um momento tocante, que é o ato penitencial, isto é, o momento de reconhecer os próprios pecados. “Todos somos pecadores. Talvez alguns de vocês não”, brincou o Papa com fiéis, pedindo que o “não pecador” levantasse a mão para ser reconhecido pela multidão. “Vocês têm uma boa fé”, disse Francisco, já que ninguém se manifestou.
“Não se trata somente de pensar nos pecados cometidos, mas é muito mais: é o convite a confessar-se pecadores diante de Deus e dos irmãos, com humildade e sinceridade, como o publicano no templo”, concluiu o Papa, acrescentando que devido à sua importância, a próxima catequese será dedicada justamente ao ato penitencial.

Fonte: Cidade do Vaticano

Visita às Clarissas





Neste último domingo, dia 17/12, 3º domingo do advento, adolescentes e adultos do movimento EAC (Encontro de Adolescentes com Cristo), da nossa paróquia, visitaram o Mosteiro Nossa Senhora dos Anjos, na Gávea.

As nossas irmãs juntamente com a Madre Pacífica ficaram imensamente felizes com a visita! Houveram momentos de muita emoção e alegria. Os adolescentes cantaram para as irmãs, elas cantaram para eles e depois todos cantaram juntos. Muitas perguntas respondidas e aprendizados sobre Santa Clara foram algumas coisas que ocorreram durante o diálogo pra lá de descontraído.

Que nossos jovens continuem com alegria no caminho de Deus. Santa Clara, rogai por nós!











Por: Sandra Oliveira.

14/12/2017

Astúcia Cristã conta a Ingenuidade, nos exorta o Papa.

Missa na Capela Santa Marta
No dia 10/11 o nosso querido PAPA nos fez uma exortação com relação a astúcia cristã x ingenuidade. Um assunto que, independente de data, nos faz refletir e nos esclarece. Confira:

Um caso de corrupção quotidiana. É o que narra o Evangelho de Lucas através da figura do administrador que desperdiça os bens do patrão e que, quando descoberto, ao invés de encontrar um trabalho honesto, continua a roubar com a cumplicidade de outros, “uma verdadeira ‘rede’ de corrupção”, na definição do Papa Francisco, relacionando o episódio com os nossos dias:
"São poderosos eles, hein? Quando fazem ‘redes de corrupção’ são potentes. Chegam a cometer atitudes mafiosas. Esta é a história, não é uma fábula, não é um caso que devemos procurar nos livros de história antiga. Nós a vemos todos os dias nos jornais, todos os dias. Isto acontece também hoje, sobretudo com aqueles que têm a responsabilidade de administrar os bens do povo, não os bens próprios. Com os próprios bens ninguém é corrupto, porque os defende”.
Assim, a consequência que Jesus tira deste Evangelho, observou o Papa, é justamente a maior astúcia dos “filhos deste mundo” em relação aos “filhos da luz”: a sua corrupção maior, a esperteza levada adiante “também com cortesia”, com “luvas de seda”. Francisco questionou se existe a “esperteza cristã”:
"Mas se estes são mais astutos do que os cristãos - mas não vou dizer cristãos, porque também muitos corruptos se dizem cristãos - se eles são mais astutos do que os fiéis a Jesus, eu me pergunto: existe uma astúcia cristã? Há uma atitude para aqueles que querem seguir Jesus, (de modo que), mas que não acabem mal, que não acabem sendo comidos vivos - como minha mãe dizia: “Comidos crus”” – pelos outros? Que é a astúcia cristã, uma astúcia que não seja pecado, mas que sirva para me levar ao serviço do Senhor e também para ajudar os outros? Existe uma esperteza cristã?"
Sim, há uma “intuição cristã para ir avante sem cair na rede da corrupção” e no Evangelho, explica o Papa, Jesus o indica com algumas contraposições, quando fala, por exemplo, dos cristãos que são como “ovelhas entre lobos” ou “prudentes como as serpentes e simples como a pomba”. Então, o que fazer? Francisco indica três atitudes: a primeira é uma “saudável desconfiança”, estar atentos, isto é, a quem “promete muito” e “fala demais” como “aqueles que dizem a você, “ faça o investimento no meu banco, eu lhe darei juros em dobro”. A segunda atitude é a reflexão, diante das seduções do diabo que conhece nossas fraquezas; e, finalmente, a oração.
"Rezemos hoje ao Senhor para que nos dê essa graça de sermos espertos, cristãos espertos, de termos esta esperteza cristã. Se há uma coisa que o cristão não pode se dar ao luxo de ser é ser ingênuo. Como cristãos, temos um tesouro dentro: o tesouro que é o Espírito Santo. Devemos preservá-lo. E um ingênuo se deixa roubar o Espírito. Um cristão não pode se permitir de ser um ingênuo. Peçamos essa graça da esperteza cristã e da intuição cristã. É também uma boa oportunidade para rezar pelos corruptos. Fala-se de poluição atmosférica, mas também há uma poluição da corrupção na sociedade. Rezemos pelos corruptos: pobrezinhos, que encontrem o caminho para sair daquela prisão na qual eles quiseram entrar!".
Por: Sandra Oliveira.
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/news/2017/11/10

08/12/2017

Dogma Imaculada Conceição



No dia 8 de dezembro a igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, proclamado pelo Papa Pio IX no ano 1854. Contudo desde o século XI a igreja celebrava a festa.
Dentre os títulos de Maria este trata-se não de um lugar onde sua aparição tenha sido comprovada, mas de seu estado: imaculada, ou seja, sem pecado, sem mancha.
Maria fora escolhida por Deus para gerar seu filho, cuja meditação o fazemos mais veementemente no Advento e na oração do Angelus. Fora prometida a José porém antes de coabitarem foi visitada pelo arcanjo Gabriel e recebeu a notícia que daria luz ao filho do Altíssimo e que se chamaria Jesus, todavia ela argumenta: "Como se dará isso se não conheço homem? (Lc 1,34)".

Este dogma antes de ser proclamado foi estudado e debatido. Seu grande defensor, o beato franciscano Duns Scoto o explicou com grande sapiência e inspiração, remetendo à grandiosidade desse mistério e da onipotência de Deus que tudo pode fazer. Os irmãos dominicanos não entenderam sua teoria e houve um grande debate, e nesse debate aconteceu a constatação do estado de Maria.

Ora, se Maria foi a escolhida de fato não foi uma mulher qualquer como diz muitos irmãos separados. Foi uma mulher preparada desde antes de sua concepção e preservada do pecado original e da consequência (tendência do mal) do mesmo.
Duns Scoto em sua exposição nos fala do amor, do amor que Maria teve para com seu Filho, do quanto O imitou por amor a Ele. Jesus sempre o centro e o amor de Maria que a levava para Ele a ponto de desfalecer, como nos diz o Cântico dos Cânticos.
O dogma da Imaculada é, antes, um dogma de amor, de entrega à realização dos planos de Deus e a imitação de Cristo. Que esse exemplo da Imaculada nos ajude a crescer cada vez mais no amor a Cristo em toda sua plenitude.

Paz e bem!

Por: Sandra R. Oliveira.

23/11/2017

Casamento de Paroquianos: Michele e Alex

Foto: Eduardo Campos

No dia 04 de novembro de 2017 entrelaçaram-se nos laços do matrimônio nossos paroquianos Michele da Conceição e Alex Frade.
Missa presidida pelo nosso querido Padre Vítor e co-presidida por nosso Pároco Padre Tiago e nosso também querido Padre Renato, com a liturgia de Todos os Santos e homilia e preces referente ao casamento.
A homilia foi feita por nosso pároco. Confira os trechos:

Da data...
"Casaram-se numa data importante, dia de todos os Santos. Isso ficará marcado no matrimônio de vocês."

Do chamado...
"Todos são chamados a serem santos. O casamento é caminho de santidade desde a época da criação, e não existia sacerdote, nem freira, nem religioso."

Do compromisso...
"O marido deve levar a esposa para o céu, assim como a esposa deve levar o marido para o céu."

Da confiança em Cristo...
"O casamento não é mar de rosas, o padre estaria enganando se o dissesse assim. Mas com Cristo como centro e força tudo poderá ser superado."

Cristo como centro...
"Se não tiver Cristo como centro, nenhuma consagração, ordenação, casamento vai para frente."
Stillus Salão de Festas

Da comunhão...
"A alegria do Alex será alegria da Michele, assim como a Alegria da Michele será a alegria do Alex. No casamento há renúncias para o bem do casal."

Também Padre Tiago mencionou o tempo de namoro, 10 anos, de como o Alex tinha conhecido a Michele no grupo jovem, de como ela era espevitada e o Senhor a deu em namoro sem ele sequer pensar. De que graças a Deus as pessoas são diferentes, e nessas diferenças aprendemos a crescer e a amar.

A paróquia Santo Antônio parabeniza a nova família, com todos os votos de felicidade!

Paz e bem!


Texto: Sandra Oliveira

31/10/2017

A missão continua... Igreja em saída!

Foto: Rosa Barbosa
Mais um mês de outubro se encerra, mas não precisamos esperar o ano que vem para dar continuidade ao tema "Missão".
Em nossa paróquia, assim como pelo mundo, não será diferente. Todas as pastorais continuarão ardentemente a evangelização.
Em especial, neste mês nossa Pastoral da Criança fez 25 anos Mês a mês continuarão com as visitas, gerando mais e mais frutos.
Lembremos de nossos irmãos nos mosteiros, sacerdotes que por aqui passaram e tantos outros irmãos missionários que se entregam e lutam por suas missões.
E temos ainda muito a fazer. Pensando nisso trazemos aqui trechos do documento AD Gentes, do Concílio Vaticano II, para nossa reflexão e aprofundamento.  




Dever missionário de todo o povo de Deus

36. Como membros de Cristo vivo e a Ele incorporados e configurados não só pelo Batismo mas também pela Confirmação e pela Eucaristia, todos os fiéis estão obrigados, por dever, a colaborar no crescimento e na expansão do Seu corpo para o levar a atingir, quanto antes, a sua plenitude.
Por isso, todos os filhos da Igreja tenham consciência viva das suas responsabilidades para com o mundo, fomentem em si um espírito verdadeiramente católico, e ponham as suas forças ao serviço da obra da evangelização. Saibam todos, porém, que o primeiro e mais irrecusável contributo para a difusão da fé, é viver profundamente a vida cristã. Pois o seu fervor no serviço de Deus e a sua caridade para com os outros é que hão-de trazer a toda a Igreja o sopro de espírito novo que a fará aparecer como um sinal levantado entre as nações, como «luz do mundo» (Mt. 5,14) e «sal da terra» (Mt. 5,13). Este testemunho de vida produzirá mais facilmente o seu efeito, se for dado conjuntamente com as outras comunidades cristãs, segundo as normas do decreto sobre o ecumenismo.
Deste espírito renovado brotará espontaneamente a oferta de orações e de obras de penitência a Deus, para que fecunde com a sua graça a ação dos missionários; dele nascerão vocações missionárias e sairão os recursos de que as missões necessitam.
Porém, para que todos e cada um dos fiéis conheçam plenamente o estado atual da Igreja no mundo e oiçam a voz das multidões que clamam: «Vem em nosso auxílio» (4) facilitem-se, até pelos meios modernos de comunicação social, notícias missionárias tais que os façam sensíveis à atividade missionária e lhes abram o coração a tão profundas e imensas necessidades dos homens par lhes poderem valer.
É também necessária uma coordenação das notícias e a cooperação com os organismos nacionais e internacionais.

Dever missionário dos sacerdotes

39. Os sacerdotes representam a pessoa de Cristo e são cooperadores da ordem episcopal, na tríplice função sagrada, que por sua natureza tem relação com a missão da Igreja . Entendam, pois, muito bem que a sua vida foi consagrada também ao serviço das missões. Uma vez que pelo seu mesmo ministério — que consiste principalmente na Eucaristia, que aperfeiçoa a Igreja —  estão em comunhão com Cristo cabeça e trazem os outros a essa comunhão, não podem deixar de sentir quanto falta ainda para o pleno crescimento do corpo e quanto há que fazer, portanto, para que vá crescendo cada vez mais. Organizarão, pois, de tal maneira o trabalho pastoral que contribua para a dilatação do Evangelho entre os não-cristãos.
Os sacerdotes, no trabalho pastoral, farão por excitar e alimentar entre os fiéis o zelo pela evangelização do mundo, instruindo-os com a catequese e a pregação sobre o dever que a Igreja tem de anunciar Cristo aos gentios; persuadindo as famílias cristãs da necessidade e da honra de cultivar as vocações missionárias entre os próprios filhos e filhas; fomentando o fervor missionário entre os jovens das escolas e associações católicas, de maneira a saírem dentre eles futuros arautos do Evangelho. Ensinem os fiéis a orar pelas missões e não tenham vergonha de lhes pedir esmolas, feitos como que mendigos por Cristo e pela salvação das almas .
Os professores dos Seminários e Universidades elucidarão os alunos sobre a verdadeira situação do mundo e da Igreja, para que abram os olhos à necessidade duma evangelização mais intensa dos não-cristãos e o seu zelo se acenda. E ao ensinar as questões dogmáticas, bíblicas, morais e históricas, chamem a atenção para os aspectos missionários nelas contidos, para desse modo se ir formando a consciência missionária dos futuros sacerdotes.

Dever missionário dos Institutos

40. Os Institutos religiosos de vida contemplativa e ativa tiveram até agora e continuam a ter a maior parte na evangelização do mundo. O sagrado Concílio reconhece gostosamente os seus méritos e dá graças a Deus por tantos esforços prestados à causa da glória de Deus e do serviço das almas e exorta-os a prosseguir incansavelmente na obra começada, sabendo, como sabem, que a virtude da caridade, que por vocação têm de cultivar com mais perfeição, impele e obriga a um espírito e a um trabalho verdadeiramente católicos .
Os Institutos de vida contemplativa, pelas suas orações, penitências e tribulações, têm uma importância máxima na conversão das almas, visto que é Deus quem pelas nossas orações envia operários para a Sua messe , abre as almas dos não-cristãos para ouvir o Evangelho, e fecunda nos seus corações a palavra da salvação. Pede-se até a esses Institutos que fundem casas nas terras de missão como já bastantes fizeram, para que, levando aí uma vida acomodada às genuínas tradições religiosas dos povos, dêem entre os não-cristãos um testemunho brilhante tanto da majestade e da caridade de Deus como da sua união em Cristo.
Por seu lado, os Institutos de vida ativa, quer tenham um fim estritamente missionário quer não, examinem sinceramente diante de Deus se podem alargar mais a sua atividade em ordem à expansão do reino de Deus entre os gentios; se podem deixar a outros, certos ministérios, para dedicar às missões as suas forças; se podem começar a ter atividades nas missões, adaptando, se for preciso, as suas Constituições, embora segundo a mente do fundador; se os seus membros participam quanto podem na atividade missionária; se o seu modo de viver é um testemunho do Evangelho adaptado à índole e às condições do povo.
Uma vez que, sob a inspiração do Espírito Santo, crescem de dia para dia na Igreja os Institutos seculares, a sua ajuda, sob a autoridade do Bispo, pode ser a muitos títulos proveitosa para as missões, como sinal duma entrega plena à evangelização do mundo.

Dever missionário dos leigos

 41. Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja e participam da sua missão salvífica, ao mesmo tempo como testemunhas e como instrumentos vivos sobretudo se, depois de chamados por Deus, são incorporados pelos Bispos nesta empresa.
Nas terras já cristãs, os leigos concorrem para a obra de evangelização, fomentando em si e nos outros o conhecimento e o amor pelas missões, suscitando vocações na própria família, nas associações católicas e nas escolas, oferecendo auxílios de toda a espécie para que o dom da fé, que eles receberam de graça, possa ser também oferecido a outros.
Nas terras de missão, os leigos, quer estrangeiros quer nativos, exerçam o ensino nas escolas, administrem as coisas temporais, colaborem na atividade paroquial e diocesana, iniciem e promovam as várias formas de apostolado dos leigos, para que os fiéis das igrejas jovens possam assumir quanto antes a sua parte na vida da Igreja.
Finalmente, prestem os leigos, de bom grado, colaboração econômico-social aos povos em vias de desenvolvimento; essa colaboração será tanto mais de louvar, quanto mais se relaciona com a criação daquelas instituições que atingem as estruturas fundamentais da vida social ou se ordenam à formação daqueles que têm responsabilidade de governo.
São dignos de particular louvor aqueles leigos que nas Universidades ou em Institutos científicos promovem, com as suas investigações históricas ou científico-religiosas, o conhecimento dos povos e das religiões, ajudando assim os pregadores do Evangelho e preparando o diálogo com os não-cristãos.
Colaborem fraternalmente com os outros cristãos, com os não-cristãos, sobretudo com os membros das organizações internacionais, tendo sempre diante dos olhos e preocupação de que «a edificação da cidade terrena se alicerce no Senhor e para Ele se oriente».
Para desempenhar todas estas funções, precisam os leigos da necessária preparação técnica e espiritual, que se deve dar em Institutos a isso destinados, para que a sua vida seja entre os não-cristãos um testemunho de Cristo, segundo a palavra do Apóstolo: «Não deis ocasião de escândalo nem a judeus nem a gentios nem à Igreja de Deus, como também eu em tudo procuro agradar a todos, não buscando a minha própria utilidade, mas a dos outros, a fim de que sejam salvos» (1Cor. 10, 32-33).


As missões continuam! Que o Espírito do Senhor nos conduza!
Paz e bem!


Texto: Sandra Oliveira
Fontes: AD Gentes

04/10/2017

Da Verdadeira e Perfeita Alegria

Imagem: Internet


Dia 4 de outubro é dia daquele que mesmo sem intenção fundou uma ordem cujo carisma encantou nosso querido padroeiro e o fez deixar o hábito agostiniano para vestir o franciscano. Sim! Hoje é dia de São Francisco de Assis, ou, como a família franciscana diz, nosso pai Francisco.

Francisco nasceu entre 1181 e 1182. Viveu como despreocupado até sua juventude cultivando ideal de cavalaria. Ao 20 anos fez parte de uma campanha militar e foi preso. Ficou doente e foi libertado. Após retornar a Assis começou um lento processo de conversão espiritual que o levou a abandonar gradualmente o estilo mundano que havia levado até então.

Sua intenção de conversão não era fundar Ordem alguma, mas: "E o Senhor me deu irmãos (Test 1)". E assim foram fundadas por ele a Ordem dos Frades Menores (Primeira Ordem), As Irmãs Clarissas ou Ordem de Santa Clara (Segunda Ordem) e a Ordem dos Penitentes, hoje OFS (Terceira Ordem).

Dentre tantos fatos históricos a respeito de sua conversão e suas respectivas obras, este blog vem apresentar algo mais singelo profundo para nossa reflexão nesse dia feliz. Trata-se de um diálogo com Frei Leão onde eles partilham sobre o que seria a perfeita alegria, descrito nas fontes franciscanas. E iríamos ficar imensamente alegres com as considerações após essa reflexão nos comentários, tanto do blog quanto nas redes sociais  onde for compartilhado 😉



O mesmo (Frei Leonardo) contou que um dia o bem-aventurado Francisco, perto de Santa Maria dos Anjos, chamou a Frei Leão e lhe disse: "Frei Leão, escreve".
Este respondeu: "Eis-me pronto".
"Escreve - disse - o que é a verdadeira alegria".
"Vem um mensageiro e diz que todos os mestres de Paris entraram na Ordem; escreve: não está aí a verdadeira alegria. E igualmente que entraram na Ordem todos os prelados de Além-Alpes, arcebispos e bispos, o próprio rei da França e o da Inglaterra; escreve: não está ai a verdadeira alegria. E se receberes a notícia de que todos os meus irmãos foram pregar aos infiéis e converteram a todos para a fé, ou que eu recebi tanta graça de Deus que curo os enfermos e faço muitos milagres: digo-te que em tudo isso não está a verdadeira alegria".
"Mas, o que é a verdadeira alegria?"
"Eis que volto de Perusa no meio da noite, chego aqui num inverno de muita lama e tão frio que na extremidade da túnica se formaram caramelos de gelo que me batem continuamente nas pernas fazendo sangrar as feridas. E todo envolvido na lama, no frio e no gelo, chego à porta, e depois de bater e chamar por muito tempo, vem um irmão e pergunta: 'Quem é?' E eu respondo: 'Frei Francisco' E ele diz: 'Vai-te embora; não é hora própria de chegar, não entrarás'.
E ao insistir, ele responde: 'Vai-te daqui, és um ignorante e idiota; agora não poderás entrar; somos tantos e tais que não precisamos de ti'. E fico sempre diante da porta e digo: 'Por amor de Deus, acolhei-me por esta noite'. E ele responde: 'Não o farei. Vai aos crucíferos e pede lá’.
Pois bem, se eu tiver tido paciência e permanecer imperturbável, digo-te que aí está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e salvação da alma". 


Paz e bem!


Texto: Sandra Oliveira

27/09/2017

Arcanjos: Milícia Celeste

Imagem: Internet


No mês de setembro é celebrado o dia dos santos arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Eles são conhecidos pelos cristãos devido a passagens importantes na Bíblia, onde a presença de cada um foi essencial para que o Pai Eterno pudesse demonstrar Sua misericórdia e Seu amor. De acordo com o Pe. Cristiano dos Santos, responsável pela Paróquia de São Miguel Arcanjo, em Goiânia (GO), os arcanjos são seres espirituais mensageiros e protetores do trono de Deus. “O Catecismo da Igreja Católica afirma no número 328 que os seres espirituais, não-corporais, habitualmente chamados de anjos pela Sagrada Escritura, é uma verdade da fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” explica.
O nome de cada arcanjo diz muito sobre a missão que eles cumprem aqui na Terra em favor dos filhos do Pai. Gabriel, por exemplo, é o mensageiro Senhor. Ele deu a boa nova a Maria de que ela seria Mãe do Filho de Deus. Segundo Pe. Cristiano, há algumas características específicas sobre o Arcanjo Gabriel, que é possível saber por meio da Bíblia: “Primeiro, Gabriel sempre está na presença de Deus. Ele recebe mensagens diretamente do Pai com a missão de repassá-las para as pessoas, podendo assumir a forma parecida com a dos humanos”.
Já o Arcanjo Rafael traz no seu nome a nobre missão de curar. Seu nome significa “Deus Cura”. “É conhecido como portador da cura divina e também como chefe dos anjos da guarda, padroeiro dos viajantes e anjo da providência que zela pela humanidade”, afirma Pe. Cristiano. Sob os cuidados de Rafael, estão as curas física e espiritual, a libertação do corpo e da alma e a manifestação da Divina Providência.

Ninguém como Deus

São Miguel Arcanjo é o chefe dos exércitos celestiais, ou seja, aquele que conduz todos os anjos na luta contra os espíritos malignos. Deus confiou a ele a missão de auxiliar os filhos e filhas do Pai a vencer as tentações e tudo aquilo que desvia as almas da salvação eterna. “São Miguel tem três missões muito importantes: guiar e conduzir as almas aos céus, depois de passarem pelo julgamento; defender a Igreja e os cristãos; presidir, no céu, o culto de adoração à Santíssima Trindade e oferecer ao Pai as orações dos fiéis aqui na Terra” pontua o padre.
Miguel carrega em seu nome uma pergunta e uma afirmação: Quem como Deus? Ninguém como Deus. É um lembrete de que, além do Pai, não há nenhuma outra criatura com tamanho amor e poder. “É importante que dediquemos oração aos santos arcanjos para que eles nos ajudem, cada vez mais, a nos aproximar de Deus” finaliza Pe. Cristiano.

15/09/2017

Bíblia de Jerusalém



São Jerônimo foi nosso primeiro tradutor da Bíblia. Ele a traduziu do hebraico, aramaico e grego para o latim, língua do povo daquela época, o que nós conhecemos por versão Vulgata (popular) e desta temos as versões: Ave-Maria, Pastoral e outras.

A Bíblia de Jerusalém, todavia, foi traduzida a partir dos textos originais, ou seja, sem passar pelo latim. Foi reunida uma equipe de teólogos, tradutores, tanto católicos quanto protestantes. Sim, boa parte dos pastores usam esta Bíblia e fazem seus estudos por ela.

As explicações contidas nos rodapés são riquíssimas e dependendo da parte do livro ocupam até mais da metade da página. Vão da origem da língua até o significado do tempo em que foi escrita (contexto histórico, sociocultural e físico) e também ligando a outras passagens do cânon.

Indicada de forma especial para catequistas, seminaristas, vocacionados(as), e claro a todos que a desejarem. Lembrando que a Bíblia é uma ferramenta poderosa para aprofundamento na palavra de Deus e como tal não adianta adquirir para deixar aberta na estante ou mesa, e sim para usufruir na meditação, oração, inspiração e estudos.

"Abrindo-nos à palavra de Cristo, acolhendo-O e o seu Evangelho, cada membro da Igreja será também fecundo na sua vida cristã” (São João Paulo II).


Paz e bem!


Texto: Sandra Oliveira

Setembro Amarelo – Mês da Prevenção do Suicídio


Estamos vivenciando um mês que nos alerta para um mal que só é notado quando executado: o suicídio. É uma palavra muito forte, mas precisamos falar sobre isso.

Sabiam que 90% dos casos poderiam ser evitados? Que antes de acontecer a vítima dá fortes indícios de que não está bem? Que o suicídio está matando mais que a AIDS, o câncer?

São perguntas, no mínimo, curiosas visto que muitos tem visões um pouco deturpadas e quando dizemos isto queremos dizer que até nota-se que o indivíduo não está bem porém nada de concreto é feito para melhorar a situação.

Dentre os sinais estão:

  • Baixa autoestima
  • Falta de vontade de frequentar lugares que antes gostava e era sua rotina
  • Problemas mentais, psicológicos
  • Depressão
  • Isolamento
  • Humor mórbido e auto-depreciativo
  • Compra de remédios sem indicação médica, sem motivo certo (exemplo: compra de calmantes fortes para simples dor-de-cabeça) e em quantidade exagerada
  • Comprar ou adquirir objetos cortantes, sufocantes

Conversar, falar a respeito, é a melhor solução. Como cristãos temos o evangelho como base para uma boa nova. Acolher, abraçar, dizer que amamos, exortar que Jesus nos ama e Ele quer que tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10,10). E também procurar ajuda médica: o médico é de suma importância para melhor orientar de acordo com o caso de cada um.

Links para maiores consultas:


Paz e bem.


Texto: Sandra Oliveira


01/09/2017

Setembro - Mês da Bíblia

Santo Antônio de Pádua


Iniciamos hoje o mês em que não somente celebramos mas também focamos nossa atenção: a Bíblia.

Já lemos em um texto que quando oramos falamos com Deus, e quando lemos a Bíblia Deus fala conosco. Então é mais do que interessante que seja assim não somente no mês de setembro mas durante todo o ano, não é verdade?


Abaixo um texto muito interessante intitulado "Os 10 mandamentos para ler a Bíblia", de + Mario de Gasperín, Bispo de Querétaro – México. Que possamos cada vez mais ficar íntimos dessa preciosa e divina leitura.



  1.  Nunca achar que somos os primeiros que leram a Santa Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos séculos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os santos.
  2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. Nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo.
  3. A Bíblia é “Alguém”. Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia.
  4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando n’Ele seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa da Sagrada Escritura.
  5. Nunca esquecer de que na Bíblia encontramos fatos e frases, obras e palavras intimamente unidos uns aos outros; as palavras anunciam e iluminam os fatos, e os fatos realizam e confirmam as palavras.
  6. Uma maneira prática e proveitosa de ler a Escritura é começar com os Santos Evangelhos, continuar com os Atos dos Apóstolos e Cartas e ir misturando com algum livro do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Juízes, Samuel etc. Não querer ler o livro do Levítico de uma só vez, por exemplo. Os Salmos devem ser o livro de oração dos grupos bíblicos. Os profetas são a “alma” do Antigo Testamento: é preciso dedicar-lhes um estudo especial.
  7. A Bíblia é conquistada como a cidade de Jericó: “dando voltas”. Por isso, é bom ler os lugares paralelos. É um método interessante e muito proveitoso. Um texto esclarece o outro, segundo o que diz Santo Agostinho: “O Antigo Testamento fica patente no Novo e o Novo está latente no Antigo”.
  8.  A Bíblia deve ser lida e meditada com o mesmo espírito com que foi escrita. O Espírito Santo é o seu principal autor e intérprete. É preciso invocá-lo sempre antes de começar a lê-la e, no final, agradecer-lhe.
  9. A Santa Bíblia nunca deve ser utilizada para criticar e condenar os demais.
  10. Todo texto bíblico tem um contexto histórico em que se originou e um contexto literário em que foi escrito. Um texto bíblico, fora do sue contexto histórico e literário, é um pretexto para manipular a Palavra de Deus. Isso é tomar o nome de Deus em vão.

Celebração do Jubileu de Diamante

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