04/10/2017

Da Verdadeira e Perfeita Alegria

Imagem: Internet


Dia 4 de outubro é dia daquele que mesmo sem intenção fundou uma ordem cujo carisma encantou nosso querido padroeiro e o fez deixar o hábito agostiniano para vestir o franciscano. Sim! Hoje é dia de São Francisco de Assis, ou, como a família franciscana diz, nosso pai Francisco.

Francisco nasceu entre 1181 e 1182. Viveu como despreocupado até sua juventude cultivando ideal de cavalaria. Ao 20 anos fez parte de uma campanha militar e foi preso. Ficou doente e foi libertado. Após retornar a Assis começou um lento processo de conversão espiritual que o levou a abandonar gradualmente o estilo mundano que havia levado até então.

Sua intenção de conversão não era fundar Ordem alguma, mas: "E o Senhor me deu irmãos (Test 1)". E assim foram fundadas por ele a Ordem dos Frades Menores (Primeira Ordem), As Irmãs Clarissas ou Ordem de Santa Clara (Segunda Ordem) e a Ordem dos Penitentes, hoje OFS (Terceira Ordem).

Dentre tantos fatos históricos a respeito de sua conversão e suas respectivas obras, este blog vem apresentar algo mais singelo profundo para nossa reflexão nesse dia feliz. Trata-se de um diálogo com Frei Leão onde eles partilham sobre o que seria a perfeita alegria, descrito nas fontes franciscanas. E iríamos ficar imensamente alegres com as considerações após essa reflexão nos comentários, tanto do blog quanto nas redes sociais  onde for compartilhado 😉



O mesmo (Frei Leonardo) contou que um dia o bem-aventurado Francisco, perto de Santa Maria dos Anjos, chamou a Frei Leão e lhe disse: "Frei Leão, escreve".
Este respondeu: "Eis-me pronto".
"Escreve - disse - o que é a verdadeira alegria".
"Vem um mensageiro e diz que todos os mestres de Paris entraram na Ordem; escreve: não está aí a verdadeira alegria. E igualmente que entraram na Ordem todos os prelados de Além-Alpes, arcebispos e bispos, o próprio rei da França e o da Inglaterra; escreve: não está ai a verdadeira alegria. E se receberes a notícia de que todos os meus irmãos foram pregar aos infiéis e converteram a todos para a fé, ou que eu recebi tanta graça de Deus que curo os enfermos e faço muitos milagres: digo-te que em tudo isso não está a verdadeira alegria".
"Mas, o que é a verdadeira alegria?"
"Eis que volto de Perusa no meio da noite, chego aqui num inverno de muita lama e tão frio que na extremidade da túnica se formaram caramelos de gelo que me batem continuamente nas pernas fazendo sangrar as feridas. E todo envolvido na lama, no frio e no gelo, chego à porta, e depois de bater e chamar por muito tempo, vem um irmão e pergunta: 'Quem é?' E eu respondo: 'Frei Francisco' E ele diz: 'Vai-te embora; não é hora própria de chegar, não entrarás'.
E ao insistir, ele responde: 'Vai-te daqui, és um ignorante e idiota; agora não poderás entrar; somos tantos e tais que não precisamos de ti'. E fico sempre diante da porta e digo: 'Por amor de Deus, acolhei-me por esta noite'. E ele responde: 'Não o farei. Vai aos crucíferos e pede lá’.
Pois bem, se eu tiver tido paciência e permanecer imperturbável, digo-te que aí está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e salvação da alma". 


Paz e bem!


Texto: Sandra Oliveira

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