Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito (1 Cor 12, 4).
Apresentamos o mais novo documento da igreja!
Com referências a outros documentos como Evangelium Gaudium, Amores Laetitia e Misericordiae Vultus, este documento é por demais rico e esclarecedor em muitos aspectos e nos chama a atenção também às separações que vivemos e muitos de nós nem sentimos e caímos em julgamentos, contradições, falta de empatia pelo irmão por simplesmente não seguir um certo carisma ou espiritualidade ou certo modo católico.
Jesus nos alerta: “Se teu olho direito te faz pecar, arranca-o. Melhor entrar no reino dos céus sem um olho do que entrar com os dois no inferno! (Mt 5, 29)” . Mas de que forma tenho feito para não pecar? Se me julgo melhor do que o outro e faço questão de apontar seus erros com a desculpa de denúncia profética tem algo de errado que não está certo. “Antes de tirar a trave do olho do seu irmão, retire a trave do seu olho. (Mt 7, 3-4)”
O Papa vem nos fazer um convite e nos exorta em muitos aspectos para os dias atuais para a busca de santidade. Eis aqui alguns parágrafos do novo documento GAUDETE ET EXSULTATE.
Ninguém se salva sozinho:
“Não pensemos apenas em quantos já estão beatificados ou canonizados. O Espírito Santo derrama a santidade, por toda a parte, no santo povo fiel de Deus, porque aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente. O Senhor, na história da salvação, salvou um povo. Não há identidade plena, sem pertença a um povo. Por isso, ninguém se salva sozinho, como indivíduo isolado, mas Deus atrai-nos tendo em conta a complexa rede de relações interpessoais que se estabelecem na comunidade humana: Deus quis entrar numa dinâmica popular, na dinâmica dum povo. (9)”
Todos somos chamados a santidade:
“Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais. (14)”
Não apagar o espírito de oração; a misericórdia é amiga da sabedoria:
"São Francisco de Assis, ao ver que alguns dos seus discípulos ensinavam a doutrina, quis evitar a tentação do gnosticismo. Então escreveu assim a Santo Antônio de Lisboa: 'Apraz-me que interpreteis aos demais frades a sagrada teologia, contanto que este estudo não apague neles o espírito da santa oração e devoção'. Reconhecia a tentação de transformar a experiência cristã num conjunto de especulações mentais, que acabam por nos afastar do frescor do Evangelho. São Boaventura, por sua vez, advertia que a verdadeira sabedoria cristã não se deve desligar da misericórdia para com o próximo: 'A maior sabedoria que pode existir consiste em dispensar frutuosamente o que se possui e que lhe foi dado precisamente para o distribuir (...). Por isso, como a misericórdia é amiga da sabedoria, assim a avareza é sua inimiga. Há atividades, como as obras de misericórdia e de piedade, que, unindo-se à contemplação, não a impedem, antes favorecem-na'."
Não apagar o espírito de oração; a misericórdia é amiga da sabedoria:
"São Francisco de Assis, ao ver que alguns dos seus discípulos ensinavam a doutrina, quis evitar a tentação do gnosticismo. Então escreveu assim a Santo Antônio de Lisboa: 'Apraz-me que interpreteis aos demais frades a sagrada teologia, contanto que este estudo não apague neles o espírito da santa oração e devoção'. Reconhecia a tentação de transformar a experiência cristã num conjunto de especulações mentais, que acabam por nos afastar do frescor do Evangelho. São Boaventura, por sua vez, advertia que a verdadeira sabedoria cristã não se deve desligar da misericórdia para com o próximo: 'A maior sabedoria que pode existir consiste em dispensar frutuosamente o que se possui e que lhe foi dado precisamente para o distribuir (...). Por isso, como a misericórdia é amiga da sabedoria, assim a avareza é sua inimiga. Há atividades, como as obras de misericórdia e de piedade, que, unindo-se à contemplação, não a impedem, antes favorecem-na'."
Sem Jesus nada podemos fazer:
“Quem se conforma a esta mentalidade pelagiana ou semipelagiana, embora fale da graça de Deus com discursos edulcorados, no fundo, só confia nas suas próprias forças e sente-se superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico.Quando alguns deles se dirigem aos frágeis, dizendo-lhes que se pode tudo com a graça de Deus, basicamente costumam transmitir a ideia de que tudo se pode com a vontade humana, como se esta fosse algo puro, perfeito, omnipotente, a que se acrescenta a graça. Pretende-se ignorar que nem todos podem tudo, e que, nesta vida, as fragilidades humanas não são curadas, completamente e duma vez por todas, pela graça. Em todo o caso, como ensinava Santo Agostinho, Deus convida-te a fazer o que podes e a pedir o que não podes; ou então a dizer humildemente ao Senhor: dai-me o que me ordenais e ordenai-me o que quiserdes (49)”
Pobreza de coração - caminho de santidade:
“Disse Ele: Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito (Mt 11, 29). Se vivemos tensos, arrogantes diante dos outros, acabamos cansados e exaustos. Mas, quando olhamos os seus limites e defeitos com ternura e mansidão, sem nos sentirmos superiores, podemos dar-lhes uma mão e evitamos de gastar energias em lamentações inúteis. Para Santa Teresa de Lisieux, a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas. (79)”
“Abraçar diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade. (94)”
Para nossa alegria, segue o link do documento na íntegra. Um fonte rica para estudo para ajudar a alcançar a santidade.
Paz e bem!
Sandra Oliveira

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