26/04/2018

A mulher, pilar na edificação da Igreja e a Sociedade na América Latina



Foto: snpcultura.org


A Assembleia Plenária da Comissão Pontifícia para a América Latina, reunida entre os dias 6 e 9 de março passado, com o tema “A mulher, pilar na edificação da Igreja e a Sociedade na América Latina”, entregou esta semana os textos de conclusão e recomendações.

Cidade do Vaticano

Segundo Dr Guzmán Carriquiry, secretário encarregado da vice presidência da Comissão para a América Latina, o resultado é de grande importância como serviço ao Santo Padre, as Igrejas na América Latina, as mulheres e aos nossos povos e a todos os que se interessam e empenham no reconhecimento de sua dignidade e de seu suporte na construção de sociedades mais humanas.

Em sua apresentação destacamos alguns pontos importantes para a conclusão e recomendações:

Coisa seria sem a nossa Igreja sem as mulheres? Perguntou Dr. Guzmán. Certamente o tema sobre as mulheres, as mulheres do Concilio Vaticano II até hoje, tiveram tantos momentos fortes no magistério eclesial, basta pensar tudo isto que foi escrito como encíclica, como carta e documentos por João Paulo II.

Devemos ter consciência da dignidade da mulher, da sua liberdade, dos seus direitos e dos seus anseios, mas ao mesmo tempo a carga sofrida de todas as discriminações e violência que sofrem. A questão da mulher se tornou uma questão central na transformação cultural que estamos vivendo e adquiriu uma questão de civilidade. A relação entre os sexos, a vida matrimonial e familiar, todas as instituições, a Igreja e tudo mais permanece interpelado da emergência da mulher na vida da nossa sociedade.

A realidade da América Latina é ainda muito marcada do machismo, e o rosto pior deste machismo se vê na violência que sofre a mulher, violência física, psicológica e sexual até o homicídio. É uma violência muito presente na realidade Latina Americana. Quantas adolescentes grávidas? Quanta irresponsabilidade do homem? A mulher se torna objeto de consumo sexual, como a prostituição ou ao tráfico. Ate mesmo na pobreza, o contingente mais sofrido são o das mulheres onde na maior parte exercem nos funções nos trabalhos informais.

Existem também sinais muito positivos, pois as mulheres são as que mais se matriculam nas redes de universidade. Temos mulheres em todas as áreas profissionais. Mulheres que ocupam grandes postos políticos como presidentes da republica.

Nos perguntamos também sobre a imagem das mulheres verdadeiramente emancipadas e modernas que se difundem através da revolução midiática contemporânea, se é modelo de alta sociedade, de consumo e de espetáculo, se é verdadeiramente o modelo de nosso desenvolvimento na América Latina. Se trata de uma mulher verdadeiramente emancipada, uma mulher quase sempre estéril ou que busca desesperadamente a maternidade e busca através da ciência, do mercado, que afirma o direito sacrossanto do aborto, que é um crime abominável e que termina sempre na publicidade para ser objeto que suscita o instituto animal do mercado.

Por fim destaca parte das recomendações a serem recordadas, especialmente na América Latina. Temos um continente "Mariano", como a América Latina. É preciso ir muito profundo em uma pesquisa teológica, antropológica e filosófica desta unidade, nesta complementariedade. As mulheres são de uma parte a maioria do povo cristão na América Latina, são elas que enchem as nossas igrejas, mas ainda não receberam a devida consideração. É preciso ainda reconhecer o valor eclesial das mulheres, como disse o Papa. 

Via: Vatican News 

Grifos: Sandra Oliveira

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