No dia 8 de dezembro a igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, proclamado pelo Papa Pio IX no ano 1854. Contudo desde o século XI a igreja celebrava a festa.
Dentre os títulos de Maria este trata-se não de um lugar onde sua aparição tenha sido comprovada, mas de seu estado: imaculada, ou seja, sem pecado, sem mancha.
Maria fora escolhida por Deus para gerar seu filho, cuja meditação o fazemos mais veementemente no Advento e na oração do Angelus. Fora prometida a José porém antes de coabitarem foi visitada pelo arcanjo Gabriel e recebeu a notícia que daria luz ao filho do Altíssimo e que se chamaria Jesus, todavia ela argumenta: "Como se dará isso se não conheço homem? (Lc 1,34)".

Este dogma antes de ser proclamado foi estudado e debatido. Seu grande defensor, o beato franciscano Duns Scoto o explicou com grande sapiência e inspiração, remetendo à grandiosidade desse mistério e da onipotência de Deus que tudo pode fazer. Os irmãos dominicanos não entenderam sua teoria e houve um grande debate, e nesse debate aconteceu a constatação do estado de Maria.
Ora, se Maria foi a escolhida de fato não foi uma mulher qualquer como diz muitos irmãos separados. Foi uma mulher preparada desde antes de sua concepção e preservada do pecado original e da consequência (tendência do mal) do mesmo.
Duns Scoto em sua exposição nos fala do amor, do amor que Maria teve para com seu Filho, do quanto O imitou por amor a Ele. Jesus sempre o centro e o amor de Maria que a levava para Ele a ponto de desfalecer, como nos diz o Cântico dos Cânticos.
O dogma da Imaculada é, antes, um dogma de amor, de entrega à realização dos planos de Deus e a imitação de Cristo. Que esse exemplo da Imaculada nos ajude a crescer cada vez mais no amor a Cristo em toda sua plenitude.
Paz e bem!
Por: Sandra R. Oliveira.

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