20/02/2019

Carlo Acutis, um apaixonado pela internet e pela Eucaristia




No dia 5 de julho de 2018, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto de virtudes heroicas de três jovens: a espanhola Alexia González-Barros, o italiano Pietro Di Vitale e o anglo-italiano Carlo Acutis, que morreu aos 15 anos, em outubro de 2006, devido a uma leucemia agressiva.


Carlo Acutis morreu em outubro de 2006, quando tinha 15 anos, devido a uma leucemia agressiva. O jovem, nascido em Londres, de pais milaneses, comoveu familiares e amigos por oferecer todos os seus sofrimentos devidos à doença pela Igreja e pelo Papa.

Desde que, com sete anos, fez a Primeira Comunhão, nunca mais perdeu o encontro quotidiano com a Santa Missa. Antes ou depois da celebração eucarística, permanecia em frente do sacrário para adorar o Senhor no Santíssimo Sacramento. Nossa Senhora era a sua grande confidente e nunca se esquecia de a honrar rezando todos os dias o terço.
A modernidade e a atualidade de Carlo – explicava o Cardeal Angelo Comastri – harmonizam-se perfeitamente com a sua vida eucarística e com a sua devoção mariana, que contribuíram para fazer dele um rapaz muito especial que todos admiravam e amavam.

Carlo costumava dizer aos seus amigos: A nossa meta deve ser o infinito, não o finito. O infinito é a nossa pátria. O céu espera-nos desde sempre. Também é sua a frase: “Todos nascem como seres originais mas muitos morrem como fotocópias”. Para se dirigir a esta meta e não “morrer como fotocópia”, Carlo explicava que a nossa bússola deve ser a palavra de Deus, com a qual nos devemos confrontar. No entanto, para atingir uma meta tão alta são necessários meios muito especiais: os sacramentos e a oração. Carlo colocava no centro da sua vida o sacramento da Eucaristia, a que chamava “a minha autoestrada para o Céu”.


Uma das paixões de Carlo era a informática, de tal maneira que os seus amigos e adultos licenciados em engenharia informática o consideravam um gênio. Os interesses de Carlo iam da programação de computadores, montagem de filmes, criação de sites à criação de boletins informativos - em relação aos quais cuidava a redação e a apresentação gráfica – ao voluntariado a favor dos mais necessitados, das crianças e dos idosos. Criou um site para difundir a devoção eucarística na internet.

Este jovem fiel da diocese de Milão, antes de morrer, afirmava: “estar sempre unido a Jesus, este é o meu projeto de vida”. Com estas poucas palavras, na fase final da sua leucemia, traça um quadro caraterístico da sua breve existência: viver em Jesus, para Jesus, em Jesus.

“Estou contente por morrer porque na minha vida não estraguei nem um instante em coisas que não agradassem a Deus”. Tal como explicava também o Cardeal Comastri: “Carlo pede-nos o mesmo, também a nós: pede-nos para transmitirmos o Evangelho com a nossa vida, para que cada um de nós possa ser um farol que ilumine o caminho dos outros”.



Foto/Imagem: Vatican News
Adaptação/Grifo: Sandra Regina Oliveira OFS - Redação Pascom

13/02/2019

Papa: Na oração cristã não há espaço para o 'eu'


"No diálogo com Jesus, não deixamos o mundo fora da porta do nosso quarto... levamos as pessoas e situações em nosso coração!"




Cristiane Murray – Cidade do Vaticano

Na catequese pronunciada esta quarta-feira (13/02), o Papa propôs uma reflexão sobre o ‘Pai Nosso’, explicando como rezar melhor a oração que Jesus nos ensinou.
A Sala Paulo VI, dentro do Estado do Vaticano, ficou repleta de fiéis, romanos e turistas que receberam o Papa com o carinho de sempre, cantos e aplausos e em seguida, ouviram suas palavras com atenção.

Introspecção do diálogo com Jesus

Para rezar - iniciou o Papa - são necessários silêncio e introspecção.

“A verdadeira oração se realiza no segredo na consciência, do fundo do coração: com Deus é impossível fingir, é como o olhar de duas pessoas, o homem e Deus, quando se cruzam”. Mas apesar disso, Jesus não nos ensina uma oração intimista ou individualista. Não deixamos o mundo fora da porta do nosso quarto... levamos as pessoas e situações em nosso coração!



“ Na oração do Pai Nosso, há uma palavra que brilha pela sua ausência: uma palavra que em nossos tempos – como talvez sempre – todos consideram importante: a palavra ‘eu'. ”

Primeiramente nos dirigimos a Deus como a Alguém que nos ama e escuta (seja santificado o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade) e, depois, quando lhe apresentamos uma série de petições (dai-nos hoje o nosso pão cotidiano, perdoai as nossas ofensas, não nos deixeis cair em tentação, livrai-nos do mal), as fazemos na primeira pessoa do plural – “nós” – isto é, rezamos como uma comunidade de irmãos e irmãs.



“Até as necessidades mais elementares do homem – como ter alimento para saciar sua fome – são todas feitas no plural. Na oração cristã, ninguém pede o pão para si, mas o suplica para todos os pobres do mundo”, disse Francisco.

Pedir a Jesus que nos faça ter compaixão

Na oração, o cristão leva todas as dificuldades e sofrimentos de quem está ao seu lado, tanto dos amigos como de quem lhe faz mal, imitando a compaixão que Jesus sentia pelos pecadores.
Mas pode acontecer – ressalvou o Papa – que alguém não perceba o sofrimento a seu redor, não sinta pena pelas lágrimas dos pobres, fique indiferente a tudo. Isto significa que seu coração está petrificado. Neste caso, seria bom pedir ao Senhor que o toque com o seu Espírito e sensibilize seu coração.


“ Cristo não ficou alheio às misérias do mundo. Toda vez que percebia uma solidão, uma ferida no corpo ou no espírito, sentia forte compaixão. ”

Às 7 mil pessoas presentes, o Papa perguntou: “Quando rezamos, nos abrimos ao grito de tanta gente, próxima ou distante? Ou penso na oração como uma espécie de anestesia, para ficar mais tranquilo? Isto seria um terrível equívoco”.


A oração deve abrir o coração ao próximo para que amemos com um amor compassivo e concreto, sabendo que tudo aquilo que fizermos “a um destes meus irmãos mais pequeninos, -afirma Jesus - foi a mim mesmo que o fizestes”.




Imagem e Texto: Vatican News
Adaptação/Grifos: Sandra Regina Oliveira OFS - Redação Pascom


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